O oceano no fim do caminho

Olá Caros Viajantes!

Fiz uma viagem bem interessante, não conhecia o autor Neil Gaiman e arrisquei.

Já de início o que chama atenção é o protagonista. Em momento algum é citado seu nome. 

Então, penso com meus botões, o autor, deixa a sugestão que poderia ser o próprio leitor?

Nosso misterioso protagonista tem 40 anos e, por causa de um funeral, teve que voltar a sua cidade natal, assim, relembrando sua inesquecível infância.

Ao ver alguns lugares que marcaram esta época, ele percebe que está de frente com um lago (ou seria um oceano?). E neste lugar, ele nos leva junto para uma aventura, destas que só um menino de 7 anos sabe bem contar.

“Pegue na minha mão e não solte por nada”, assim fui convidada e mergulhei nesta aventura. 

A forma como o autor lida com os sentimentos do personagem na vida real, chega a nos fazer sentir que também ele nos conhece, quando ele mostra o menino com aqueles medinhos que todos nós passamos quando criança, a coragem que vem não se sabe de onde, o amor pelos animais, a solidão e, uma coisa que me identifico, o gosto pela leitura, tem algo de familiar. E sabe né, cabeça de criança é fértil.

A mãe do nosso garoto tem uma coleção de livros, dos quais ele mistura com suas aventuras solitárias. Quer dizer, quase. Depois de uma morte, ele acaba por conhecer Lettie Hempstock, uma garota estranha, sua mãe e avó misteriosa. Daí que começa uma misteriosa história recheada de fantasia e amizade.

Neil Gaiman usa de muitas alegorias, conflitos familiares, mitos, livros... Gente, é uma mistura de tudo e mais um pouco. Há pontos indecifráveis, recheados de ternura e medo.

O livro deixa várias coisas em aberto, assim como o nome do protagonista, o final e alguns pontos da história. Seria, talvez, para nós, meros leitores, preenchermos esta lacuna, como “contadores” desta  aventura?

Ah! Ia me esquecendo, a governanta Ursula Monkton, bonita e misteriosa, desejo que você não há conheça.

"Livros eram mais confiáveis que pessoas..." pg 15

"Adultos seguem caminhos, crianças exploram." pg 49

"... Fui para outro lugar em minha cabeça, para dentro de um livro. Era para onde eu ia sempre que a vida real ficava difícil  ou muito inflexível." pg 51

Boa leitura, se os pássaros vorazes permitirem e até a próxima!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dalva Rodrigues

Amor-Perfeito

Reolhar a Vida