Ana Maria Machado

 Olá Viajantes!

Sem Spoiler

Neste livro há quatro contos, encantadores!

Primeiro conto: 'Todas as filhas'

Conta a história da estudante de pintura no Curso de Arte Contemporânea , Olívia, "olhos imensos, cor de âmbar, curiosos, abertos para o mundo em volta como se a vida fosse uma coisa maravilhosa e cheia de surpresas. E o sorriso de encantamento que de vez em quando deixava transparecer a menininha,..." 


E de Miguel. "Alto, magro, esguio – uma silhueta de toureiro[....]essa cútis amassada de azeitona e jasmim”.

Olivia filha do jurista Demócrito Cavalcanti Sampaio, resolve ir embora com seu “amor”. Mas, decide contar ao seu pai que deseja ficar junto com Miguel. Esse pai foi muito sábio, digo de passagem.

“Publicitário esperto! Ainda se anuncia como um artista romântico e perseguido político! Um gavião em cima da minha pombinha, isso sim. Tenho que dar um jeito nisso, proteger minha filha.”

Fala muito do cotidiano e surpresas de quem tem adolescente em casa, vale a pena ler. Até porque pode acontecer em qualquer família.

Ah, esqueci! Miguel era casado, tinha uma filha de três anos... Isso, tinha... Tem mais um a caminho!


Segundo conto : OK, você venceu 

Relata a história de Vicente e Franca, gente é coisa de louco esse conto.

Franca ... mulher madura, já tinha a obrigação de não ser ingênua.

Quem mandou a Franca não perguntar?

Quem mandou a Franca não controlar?

Também, quem mandou a Franca não desconfiar?

Quem mandou a Franca acreditar em juras de amor a essa altura da vida?

Quem mandou não reparar no risco que estava correndo?

Agora eu te pergunto, quem traiu quem? Lê depois me conta, Ok!

Terceiro conto: Estações 

Simplesmente lindo – O encontro de pai e filho, o ovo cozido sem água , a mágica, pequenos gestos que transformam a vida das pessoas.

"Isso mesmo, meu filho! Faro fino, olho vivo, ouvido atento. Atenção a qualquer detalhe que possa fazer diferença."

"Ficaram olhando e tentando descobrir, pela cor, pelo clima, a que estação corresponderia cada pintura. Não tiveram muita dificuldade, havia em cada uma diferentes elementos que evocavam calor e frio, abundância e escassez, recolhimento e expansão. Era apenas uma questão de olhar bem, sentir e ver."

"Mas que se eu fizesse a pergunta certa, ela também queria me ajudar a procurar a resposta. E que o que eu devia perguntar não era por que as coisas acontecem e a gente não entende, mas para que acontecem essas coisas que a gente não entende."

" ...é infinito o que pode se esconder numa estação..."

Quarto conto: Tratantes

Esse conto é a ternura em forma de palavras. Dona Lídia a avó e seus netos, num desses momentos únicos, que se tornam lembranças pra uma vida.

"Então vamos brincar de fazer coisas boas o dia inteiro."

“Fabricamos lembranças”, podia ser a resposta que Lídia não chegou a dar, porque o neto foi logo anunciando:

– A gente brincou de tratante.

– A vovó tratou da gente e a gente tratou dela."

                                   É isso! Boa leitura e até a próxima!

Comentários

  1. Que legal! Adoro contos e Ana Maria os escreve muito bem!
    beijos, chica e ótimo fds!

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