Romance de Cordel Pavão Misterioso


O romance do pavão misterioso 
                                                                            José Camelo de Melo Resende

Eu vou contar uma história
De um pavão misterioso
Que levantou voo na Grécia
Com um rapaz corajoso
Raptando uma condessa
Filha de um conde orgulhoso.

Residia na Turquia
Um viúvo capitalista
Pai de dois filhos solteiros
O mais velho João Batista
Então o filho mais novo
Se chamava Evangelista.

O velho turco era dono
Duma fábrica de tecidos
Com largas propriedades
Dinheiro e bens possuídos
Deu de herança a seus filhos
Porque eram bem unidos (...)

Pavão Misterioso é um dos mais populares e antigos romances de cordel do Brasil, teve várias adaptações e influências na cultura popular brasileira. Ele foi transformado em história em quadrinhos por Sérgio Lima na década de 1960, em peça de teatro por Ronaldo Correia de Brito e Francisco Assis Lima em 1986, e em livro infantojuvenil por Arievaldo Viana e Jô Oliveira em 2008. Samba Enredo do carnaval carioca pela escola de samba Acadêmicos do Salgueiro em 2012.

O cantor e compositor Ednardo lança a música Pavão misterioso, baseada nesse famoso romance de cordel em 1974. 


"Pavão Mysteriozo"

Pavão misterioso
Pássaro formoso
Tudo é mistério
Nesse teu voar

Ai se eu corresse assim
Tantos céus assim
Muita história
Eu tinha pra contar

Pavão misterioso
Pássaro formoso
Tudo é mistério
Nesse teu voar

Ai se eu corresse assim
Tantos céus assim
Muita história
Eu tinha pra contar

Pavão misterioso
Nessa cauda
Aberta em leque
Me guarda moleque
De eterno brincar

Me poupa do vexame
De morrer tão moço
Muita coisa ainda
Quero olhar

Pavão misterioso
Pássaro formoso
Tudo é mistério
Nesse teu voar

Ai se eu corresse assim
Tantos céus assim
Muita história
Eu tinha pra contar

Pavão misterioso
Meu pássaro formoso
No escuro dessa noite
Me ajuda a cantar

Derrama essas faíscas
Despeja esse trovão
Desmancha isso tudo, oh
Que não é certo não

Pavão misterioso
Pássaro formoso
Um conde raivoso
Não tarda a chegar

Não temas, minha donzela
Nossa sorte nessa guerra
Eles são muitos
Mas não podem voar

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