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Mulher Fenomenal

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Mulher Fenomenal                                                          Maya Angelou Lindas mulheres indagam onde está o meu segredo Não sou bela nem meu corpo é de modelo Mas quando começo a lhes contar Tomam por falso o que revelo Eu digo, Está no alcance dos braços, Na largura dos quadris No ritmo dos passos Na curva dos lábios Eu sou mulher De um jeito fenomenal Mulher fenomenal: Assim sou eu Quando um recinto adentro, Tranquila e segura E um homem encontro, Eles podem se levantar Ou perder a compostura E pairam ao meu redor, Como abelhas de candura Eu digo, É o fogo nos meus olhos Os dentes brilhantes, O gingado da cintura Os passos vibrantes Eu sou mulher De um jeito fenomenal Mulher fenomenal: Assim sou eu Mesmo os homens se perguntam O que veem em mim, Levam tão a sério, Mas não sabem desvendar Qual é o meu mistério Quando lhes conto, Ainda assim não enxergam É o arco das costas, O sol no sorriso, O balanço dos seios E a graça no estilo Eu sou mulher De um jeito fenomenal Mul

Éramos Seis #5/27

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Olá,Caros Viajantes! Fizemos uma viagem por São Paulo, com Maria José Dupré - pelo Projeto 14 Bis . Logo de início você já é acolhido por dona Lola, a personagem principal. Sabe quando você conhece uma pessoa, daquelas que tem uma boa história pra contar? Pois bem, assim é dona Lola, mulher carinhosa, paciente, doce, logo te cativa e quando você vê, já está envolvido por seus relatos simples e emocionante. 'Quanta saudade eu tenho desse tempo da Avenida Angélica, quando meus filhos eram crianças e vivíamos todos juntinhos com Júlio, meu marido, como passarinhos em gaiola.' pg 7 É uma leitura tão gostosa, parece que o leitor é parte da família Lemos, no decorrer da história vamos nos simpatizando com os personagens. Seu Júlio é o típico pai de família daquela época, durão, rabugento, responsável, mas lá no fundo daquele coração 'peludo', tem um homem amoroso e preocupado com sua família. Os filhos de dona Lola vão desde pequenos mostrando suas personalidades. Coloco um

Chico Buarque de Holanda

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As Vitrines                                                          Chico Buarque de Holanda pixabay Eu te vejo sair por aí Te avisei que a cidade era um vão - Dá tua mão - Olha pra mim - Não faz assim - Não vai lá não Os letreiros a te colorir Embaraçam a minha visão Eu te vi suspirar de aflição E sair da sessão, frouxa de rir Já te vejo brincando, gostando de ser Tua sombra a se multiplicar Nos teus olhos também posso ver As vitrines te vendo passar Na galeria Cada clarão É como um dia depois de outro dia Abrindo salão Passas em exposição Passas sem ver teu vigia Catando a poesia Que entornas no chão

Sidarta #7/200

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Hermann Hesse, nasceu na Alemanha, mas se naturalizou suíço, então consideramos que nossa viagem será pela Suíça, lemos a obra Sidarta escrita em 1922. Sidarta era um jovem que vivia isolado do mundo real, um brâmane, bonito, rico e muito educado. Amigo de Govinda, seu 'escudeiro fiel'. Com um coração inquieto, cheio de questionamentos, abre mão de tudo e vai em busca da sua verdade. O jovem Sidarta e Govinda foram viver com os Samanas. Aprendeu a jejuar e meditar, o objetivo era esvaziar-se de si e de tudo. Mas, com o tempo Sidarta começou a questionar tudo o que aprendeu com os Samanas, principalmente quando seu caminho cruzou com o de Buda. Ao ouvir Buda, Govinda se encanta e acaba por segui-lo, assim os amigos se afastam. Já Sidarta, se inquieta e vê que nenhuma doutrina é capaz de levá-lo para o conhecimento pleno. Por vários caminhos percorridos, Sidarta tem contato com as coisas divinas e com os prazeres, com o mundo dos 'homens tolos'. Se envolve com a c

A Queda para o Alto #4/27

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  Olá, Caros Viajantes! Viajamos para o Paraná, com Anderson Herzer,  poeta e transexual, conhecido na Febem por 'Bigode'. Órfão de pai e mãe, morou com seus tios dos quais o tratou com desprezo. Sua tia o ofendia constantemente e seu tio abusou dele sexualmente, devido a tanto sofrimento começou a beber ainda criança. Sua vida era desprezo, sofrimento, pobreza, perdas e nenhuma esperança de futuro. Herzer relata sua jornada de forma poética. Quando foi parar na Febem ele ficou conhecido como 'Bigode', na época Herzer era Sandra Maria Herzer, lá dentro assumiu sua masculinidade, começou a se vestir como homem. Em plena ditadura, ele teve a coragem de ir em busca de sua expressão. Eduardo Suplicy teve um vinculo de amizade muito forte com Herzer, e este o considerava como um pai, e o quanto era grato por tudo que Suplicy fez por ele. Herzer decide lançar suas poesias e biografia, com ajuda e apoio da Editora Vozes e do amigo Suplicy.  Herzer relata toda crueldade de ser

Jalâl ad-Din Rûmî

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Sou artista… Sou artista, pintor, desenho imagens, nenhuma se compara a Teu fulgor. Sei criar mil fantasmas, dar-lhes vida, mas se vejo Teu rosto, dou-lhes fogo. Serves Teu vinho ao ébrio na taberna, e abates toda a casa que construo. Nossa alma sem Ti se dissolve: água na água, vinho no vinho: sinto Teu perfume. Cada gota de meu sangue te implora: “Faz-me Teu par e dá-me Tua cor.” Sofre minha alma na casa de argila: “Entra, Amado, senão hei de partir!” Jalâl ad-Din Rûmî, em “A flauta e a Lua: poemas de Rûmî”. tradução Marco Lucchesi  -  2016.

De repente, nas profundezas do bosque #6/200

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  Olá, caros viajantes! Nossa viagem foi para Israel, com o autor Amós Oz e sua obra 'De repente, nas profundezas do Bosque'. Com tradução direta do hebraico por Tova Sender  Uma pequena aldeia com seus grandes mistérios, um lugar em que não havia animal de nenhuma espécie, nem mesmo um inseto. Os adultos quando questionados pelas crianças se calavam. A única pessoa que ousava falar algo para as crianças era a professora Emanuela. Um bosque circunda toda a aldeia, todos são proibidos de adentra-lo, quem o fez nunca mais voltou e quem voltou se torna um abestalhado. Dizem que há um demônio no bosque, conhecido como Nehi. "A aldeia era cinzenta e triste. À volta dela apenas montes e bosques, nuvens e vento. Não havia outras aldeias nas redondezas. quase nunca chegavam forasteiros, nem sequer visitantes ocasionais. Trinta, talvez quarenta casas pequenas se espalhavam ao longo do declive, no vale fechado e rodeado por montes íngremes. Somente a oeste havia uma abertura estreit