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Mostrando postagens de janeiro, 2024

A Queda para o Alto #4/27

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  Olá, Caros Viajantes! Viajamos para o Paraná, com Anderson Herzer,  poeta e transexual, conhecido na Febem por 'Bigode'. Órfão de pai e mãe, morou com seus tios dos quais o tratou com desprezo. Sua tia o ofendia constantemente e seu tio abusou dele sexualmente, devido a tanto sofrimento começou a beber ainda criança. Sua vida era desprezo, sofrimento, pobreza, perdas e nenhuma esperança de futuro. Herzer relata sua jornada de forma poética. Quando foi parar na Febem ele ficou conhecido como 'Bigode', na época Herzer era Sandra Maria Herzer, lá dentro assumiu sua masculinidade, começou a se vestir como homem. Em plena ditadura, ele teve a coragem de ir em busca de sua expressão. Eduardo Suplicy teve um vinculo de amizade muito forte com Herzer, e este o considerava como um pai, e o quanto era grato por tudo que Suplicy fez por ele. Herzer decide lançar suas poesias e biografia, com ajuda e apoio da Editora Vozes e do amigo Suplicy.  Herzer relata toda crueldade de ser

Jalâl ad-Din Rûmî

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Sou artista… Sou artista, pintor, desenho imagens, nenhuma se compara a Teu fulgor. Sei criar mil fantasmas, dar-lhes vida, mas se vejo Teu rosto, dou-lhes fogo. Serves Teu vinho ao ébrio na taberna, e abates toda a casa que construo. Nossa alma sem Ti se dissolve: água na água, vinho no vinho: sinto Teu perfume. Cada gota de meu sangue te implora: “Faz-me Teu par e dá-me Tua cor.” Sofre minha alma na casa de argila: “Entra, Amado, senão hei de partir!” Jalâl ad-Din Rûmî, em “A flauta e a Lua: poemas de Rûmî”. tradução Marco Lucchesi  -  2016.

De repente, nas profundezas do bosque #6/200

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  Olá, caros viajantes! Nossa viagem foi para Israel, com o autor Amós Oz e sua obra 'De repente, nas profundezas do Bosque'. Com tradução direta do hebraico por Tova Sender  Uma pequena aldeia com seus grandes mistérios, um lugar em que não havia animal de nenhuma espécie, nem mesmo um inseto. Os adultos quando questionados pelas crianças se calavam. A única pessoa que ousava falar algo para as crianças era a professora Emanuela. Um bosque circunda toda a aldeia, todos são proibidos de adentra-lo, quem o fez nunca mais voltou e quem voltou se torna um abestalhado. Dizem que há um demônio no bosque, conhecido como Nehi. "A aldeia era cinzenta e triste. À volta dela apenas montes e bosques, nuvens e vento. Não havia outras aldeias nas redondezas. quase nunca chegavam forasteiros, nem sequer visitantes ocasionais. Trinta, talvez quarenta casas pequenas se espalhavam ao longo do declive, no vale fechado e rodeado por montes íngremes. Somente a oeste havia uma abertura estreit