Jalâl ad-Din Rûmî

Sou artista…

Sou artista, pintor, desenho imagens,
nenhuma se compara a Teu fulgor.

Sei criar mil fantasmas, dar-lhes vida,
mas se vejo Teu rosto, dou-lhes fogo.

Serves Teu vinho ao ébrio na taberna,
e abates toda a casa que construo.

Nossa alma sem Ti se dissolve: água na água,
vinho no vinho: sinto Teu perfume.

Cada gota de meu sangue te implora:
“Faz-me Teu par e dá-me Tua cor.”

Sofre minha alma na casa de argila:
“Entra, Amado, senão hei de partir!”


Jalâl ad-Din Rûmî, em “A flauta e a Lua: poemas de Rûmî”.

tradução Marco Lucchesi  - 2016.

Comentários

  1. Querida Nice,
    Que lindo poema de amor, adorei ler e obrigado por partilhar com os amigos do blog!
    Um beijo!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Meu Livro de Cordel #6/27

Helena de Troia

Pausa para o Café