Os Románov #3

Olá viajantes!

Hoje vamos saber mais um pouco desta família ímpar, páginas 273 à 429, do livro Os Románov, de Simon Sebag Montefiore.

Catarina, a Grande, nos surpreendeu, foi casada com Pedro III apesar de não fugir a regra de ter vários amantes. Ela foi a grande modernizadora de seu país, lembrando que era uma estrangeira. Com persistência estendeu as fronteiras do Império, realizou uma verdadeira reforma na administração, transformou o Império Russo na maior potência da época e foi defensora da literatura, educação e das artes. E o que mais nos alegrou foi que Catarina apreciava uma boa leitura.

"... Catarina sofria com o isolamento de sua posição. Seu primeiro consolo foi a leitura: ao contrário do marido, que lia romances de amor, ela era uma intelectual séria, que consumia as obras-primas do Iluminismo."

Imperatriz tinha amigos influentes como Montesquieu, filósofo, político e escritor francês; Denis Diderot, escritor e filósofo francês; e Voltaire, ensaísta, poeta, filósofo Iluminista, historiador e dramaturgo.

Porém, Catarina não achava bom melhorar a vida dos seus súditos, principalmente os mais necessitados. Ao contrário, deu mais poder aos nobres e senhores de terra.

Com 68 anos de idade, Catarina dá o último suspiro. E seu legado vai para seu filho Paulo. Porém a vontade da imperatriz era que o seu neto Alexandre fosse o novo czar.

O novo czar, Paulo, era o único filho de Catarina e Pedro III. Ele não se destacou muito enquanto sua mãe estava viva, mas quando ascendeu ao trono, mostrou pra que veio.

"... Paulo se deleitava com o poder, orgulhoso de que um Románov homem era novamente imperator. Despejava decretos... Suas decisões eram publicadas na gazeta oficial e inspiravam ao mesmo tempo medo e sensação de ridículo."

"Nas paradas, ele afirmava seu poder em observações dignos de Calígula..."

"Nunca houve um soberano mais terrível em sua severidade ou mais liberal quando se sentia generoso ... Em meio a toda essa excentricidade e ridículo, havia um elemento de seriedade e justiça. O imperador queria ser justo."

Seu casamento com a primeira esposa foi um fracasso e, no parto, Natália veio a falecer. 

Casa-se pela segunda vez com Maria Fiódorovna, com ela teve nove filhos. Alexandre viria a ser seu sucessor.

Uma conspiração foi organizada para assassiná-lo e em seus aposentos seus algozes não tiveram piedade.

"Os estranguladores apertaram a faixa até Paulo se imobilizar - ao que outros conspiradores "se vingaram de insultos pessoais chutando e pisoteando o cadáver, mutilando o infeliz. Eles "apertaram o nó e arrastaram o corpo, agredindo-o"."

Agora chega a vez de Alexandre I ocupar o trono, com o sentimento de culpa pela morte de seu pai Paulo.

O novo czar fez algumas reformas sociais, e também reformas constitucionais e sobre a servidão, porém não concretizou nenhuma.

"A Rússia vivenciou um festival de esperanças quando Alexandre pôs em marcha suas tendências liberais - porém o novo tsar continuou sendo um bom exemplo de inescrutabilidade."

Seu governo foi bem conturbado com o período bem difícil da história, as Guerras Napoleônicas.

Alexandre concorda em falar com Napoleão: "Os dois combinaram um encontro em Tilsit, ... Poucas visões serão mais interessantes", escreveu Napoleão. E ele estava certo. A divisão da Europa entre dois imperadores, baseada numa amizade conveniente, tornou aquele encontro um dos mais famosos da história."

O czar não tinha muita palavra, mudava de lado a todo instante. De aliado a inimigo de Napoleão, se aliou ao Reino Unido e depois se aliou a França, em suma, ele mudava conforme seus interesses.

"Alexandre começou a ver a guerra contra Napoleão como uma maneira de criar uma nova fraternidade cristã de reis, que promoveriam um reino de paz na terra."

Seu maior triunfo foi a queda de Napoleão, quando a invasão francesa da Rússia terminou num grande fiasco.

" A matança foi espantosamente intensa, 'o dia mais sangrento na história da guerra' até a Primeira Guerra Mundial'..."

Porém 'a batalha se estenderia pelo segundo dia' - " mas foi Napoleão quem deixou de obter vitória clara por falta de imaginação e ousadia, duas características que nunca haviam lhe faltado." 

Napoleão invade Moscou, mas encontra uma cidade em chamas e vazia. " Somente uns poucos professores franceses, atrizes e perigosos bandos de saqueadores atormentavam as ruas..."

"... sua presença em Moscou desrespeitava sua regra principal de que deveria conquistar exércitos, não cidades - mas ele não conseguiu resistir à histórica cidade de domos dourados. ...e esperou para negociar dentro de uma cidade em cinzas."

Com a proposta de paz  negada por Alexandre, o inverno chegando e sua tropa em desfalque, Napoleão sai de Moscou: "Numa façanha da manobra francesa e aliando sorte, coragem e incompetência dos russos, Napoleão conseguiu cruzar o Berézina e fugiu para Paris, abandonando seus homens ao inverno e à vingança dos russos."


Logo depois, com o fim da era napoleônica, Alexandre forma a Santa Aliança com as potências monárquicas da Europa.

O imperador já dava pistas de deixar a coroa, porém não deixou herdeiros; suas duas filhas morreram cedo. Quem herdaria o trono?

Já estava em andamento conspirações para matar o czar. Alguns já planejavam o poder.

O czar adoece e se recusa a se tratar e sua saúde foi piorando e entra em coma, dizem que era febre tifoide. Morre aos 47 anos o imperador Alexandre.

Há uma lenda que Alexandre continuava vivo e teria se tornado um eremita!

Agora a saga continua: quem será o próximo czar? Qual dos irmãos, Constantino ou Nicolau ocupará o lugar do imperador Alexandre?

Tiraremos esta dúvida no próximo post!




Comentários

  1. Bom dia querida Ipsis,

    Que beleza, gostei imenso, gosto de história e o capítulo foi um agradável leitura.Volto pra ler o próximo capítulo.
    Votos de um domingo tranquilo com paz e o merecido descanso.

    Bjsss

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    1. Oi Diná! Obrigada por nos visitar. Ficamos felizes por estar gostando desta saga Románov! Essa família tem muita história pra contar... (rs)! Bjs Nice

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