Sidarta #7/200



Hermann Hesse, nasceu na Alemanha, mas se naturalizou suíço, então consideramos que nossa viagem será pela Suíça, lemos a obra Sidarta escrita em 1922.


Sidarta era um jovem que vivia isolado do mundo real, um brâmane, bonito, rico e muito educado. Amigo de Govinda, seu 'escudeiro fiel'.
Com um coração inquieto, cheio de questionamentos, abre mão de tudo e vai em busca da sua verdade.

O jovem Sidarta e Govinda foram viver com os Samanas. Aprendeu a jejuar e meditar, o objetivo era esvaziar-se de si e de tudo. Mas, com o tempo Sidarta começou a questionar tudo o que aprendeu com os Samanas, principalmente quando seu caminho cruzou com o de Buda.

Ao ouvir Buda, Govinda se encanta e acaba por segui-lo, assim os amigos se afastam. Já Sidarta, se inquieta e vê que nenhuma doutrina é capaz de levá-lo para o conhecimento pleno.

Por vários caminhos percorridos, Sidarta tem contato com as coisas divinas e com os prazeres, com o mundo dos 'homens tolos'. Se envolve com a cortesã Kamala, faz amizade com um comerciante, se vicia em jogos de dados; sua vaidade aflora e começa a apreciar as coisas efêmeras, se tornando um homem comum.

Ele ia se perdendo e principalmente morrendo lentamente naquele círculo viciante. Sidarta ia perdendo as três artes nobres: jejuar, esperar e pensar.

"Era preciso que eu vivesse assim por longos anos, sacrificando o meu espírito, esquecendo a arte de pensar, olvidando a unidade. Não parece de fato que, lentamente, trilhando estradas sinuosas, transformei-me de um homem numa criança e de um filósofo num tolo?"

Sentiu um vazio, um desespero por tudo que havia feito e conquistado, ele foge... tem um reencontro com o barqueiro, que lá no começo de sua jornada havia plantado uma sementinha no coração de Sidarta. Neste reencontro o jovem aprende com seu novo amigo Vasudeva, um dos ensinamentos mais preciosos: a arte de ouvir.

Anos depois Sidarta descobre que teve um filho com Kamala a cortesã, ela morre e pede para que ele cuide do filho. Porém este filho não aprecia a vida do pai e foge. Sidarta tenta trazê-lo de volta e com a ajuda de Vasudeva, percebe que seu filho fez o que ele mesmo fez anos atrás com seu pai. O abandonou para encontrar uma razão para viver.

Sidarta vai assimilando todo o conhecimento do rio, se torna um grande sábio; seu amigo Vasudeva parte e Sidarta se torna o balseiro. Muitos o ouviam e procuravam o tal sábio. Govina foi uma dessas pessoas e, para sua alegria, percebe que é o seu amigo Sidarta. Naquele momento ele sente que o amigo encontrou o que tanto almejava, pois a paz estava em seu semblante.

"Govinda curvou-se em genuína reverência. Lágrimas de que não se dava conta corriam-lhe pelas faces idosas. No seu coração ardia, qual fogo, o sentimento de caloroso amor e de submissa veneração... diante de Sidarta, que se conservava sentado, imóvel, e cujo sorriso chamava à memória do amigo tudo quanto ele amara no curso da sua vida, tudo quanto já se lhe afigurara precioso e sagrado."

Um livro reflexivo!

Esta leitura faz parte do Projeto O Mundo em Livros!

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