O Homem que se Tornou Deus
Olá, viajantes!
Fizemos uma viagem com Gerald Messadié, ele nos conduziu para Palestina, num caldeirão de brigas religiosas, ideologias políticas e filosóficas.
O autor nos leva a conhecer o pequeno Jesus, nascido da jovem Maria. Um adendo: achamos muito delicado a maneira como ele conduz essa parte da história.
Fatos conhecidos na Bíblia sobre Jesus é contado de maneira bem humana, porém de uma forma bem escrita e nada agressiva.
O jovem Jesus vai observando tudo a sua volta e a opinião de seu pai José conta muito nesta avaliação. Jesus passa a questionar a religião no comportamento social, vê claramente a hipocrisia, má intenção, inveja, ganância e o jogo de interesses.
Depois que seu pai morre, Jesus faz sua jornada pessoal, fica de frente com outras culturas e formas de pensar. Encontra-se com a doutrina budista, a religiosidade dos essênios, o pensamento grego, as artimanhas e agressividade dos romanos, a maneira e religião dos egípcios. Porém seu maior aprendizado são com os excluídos, pobres, ladrões, cortesãs, enganadores da fé, entre outros.
Jesus percorre seu caminho e entra em grandes conflitos internos e externos, passa de um simples desconhecido, para o tão esperado 'Messias'.
" ... todas as casas ao redor fervilhavam de notícias segundo as quais o Messias havia chegado à Galileia..."
No caminho encontra pessoas que desejam segui-lo e acreditam no seu poder 'divino'. Porém, o autor sempre deixa claro que ele é apenas um homem, e a cada 'milagre' há uma explicação bem concreta.
Numa época em que o povo estava cansado de sofrer nas mãos dos romanos, desenganados com os doutores da Lei e com a necessidade de ter um messias, Jesus e tantos outros eram vistos como o grande 'salvador'.
João Batista faz parte desta história de uma forma ímpar, mesmo de forma secundária, nos mostra o quanto influenciou nos pensamentos de Jesus.
"... murmurou João. - Sua volta é, para mim, um alívio tão grande! Pensei em você todos estes anos! Não conheço mais ninguém!
O que mais nos impressionou, foi a forma política e de interesses dos doutores da Lei e dos governantes romanos. A manipulação de interesses leva o povo ao extremo, tanto nos pensamentos religiosos e no desespero de um mundo melhor. Alguns até acreditando que o fim do mundo está próximo.
Já os discípulos de Jesus, nesta obra, não passam de fracos e as vezes ingênuos. Tirando João, que amava de tal forma Jesus, era o mais questionador, inteligente e perseverante. Judas realmente não muda muito daquele que lemos nas Escrituras. José de Arimatéia e Nicodemos tem uma participação bem significativa na vida e, porque não dizer, na morte de Jesus.
A teoria de que a morte de Jesus é mentira, aqui no livro é bem clara, e escrita de uma forma interessante. Porém o final achamos um pouco incompleto em relação aos discípulos e Jesus.
Devemos lembrar que o livro nos mostra um homem comum, que foi interpretado como o 'salvador', por simplesmente querer mostrar para todos que ter esperança, amar e respeitar o próximo, é algo urgente e primordial.
Boas Leituras!
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